Tato Taborda

 

o instrumento incrível dele: Geralda

            Compositor, pianista e professor, fez seus estudos musicais com Ivan Ferreira, Esther Scliar, Caio Pagano e, principalmente, H.J.Koellreutter (composição, análise, regência, harmonia e contraponto). Participou como aluno e docente de nove edições dos Cursos Latino-Americanos de Música Contemporânea (de 1978 a 1989), cursos itinerantes por diversos países latino-americanos nas classes de Helmut Lachenman, Gordon Mumma e Dieter Schnebel. Concluiu em 2004 o doutorado na Unirio com o projeto  Biocontraponto,  investigando uma interface entre as estratégias de comunicação de criaturas noturnas, como sapos, grilos e vagalumes e as técnicas de contraponto e polifonia.

Como compositor, tem participado da programação de festivais e grupos como as Bienais de Música Brasileira Contemporânea, Bienal Internacional de São Paulo, Pro-Música Nova Bremem, Donaueschinger Musiktage (Alemanha), TAG Ensemble- Winthertur e Ensemble für Neue Musik Zürich (Suíça), Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Núcleo Musica Nueva de Montevideo, The Festival of Perth (Austrália), Podewil Berlin (Alemanha), Ressonance Contemporaine (França), Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo-OSESP, Berliner Festpiele, entre outros.

            A partir de 1983, atua como autor de música para televisão e teatro, tendo sido responsável pela criação de música original para mais de 40 peças teatrais, recebendo o Troféu Mambembe em 1996 e o Prêmio Coca-Cola em 1998. Em 1998 recebe uma bolsa da Ford Foundation, a partir de convite do grupo nova-iorquino Mabou Mines, para uma montagem em torno da obra de Nelson Rodrigues.

            Entre os prêmios e encomendas destacam-se a Bolsa Vitae (1993), Bolsa Rio Arte (1998), Concorrência Fiat (1994), Inroads Grant da Ford Foundation (1998), Theater Am Gleis-Winterthur (1996), Pro-Música Nova Bremem (1992) e   Südwestfunk-Donaueschinger Musiktage (1999). Em 2000, a Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo - OSESP, encomenda-lhe a obra "Audiobioespectro 1 - Dança da Chuva" , estreada na Sala São Paulo durante a temporada de 2001.

            Em 1992, a partir de uma bolsa da Fundação Vitae, constrói em parceria com o tecnólogo Alexandre Boratto o multi-instrumento Geralda , uma orquestra eletro-acústica com mais de 70 fontes sonoras diferentes, acionado   por mãos, cotovelos, joelhos, cabeça e pés do compositor-homem-banda.

            Idealizador e organizador   de eventos e festivais como os ciclos Música de Invenção (1995),   Fronteiras (2000) e Diálogos (2002) no CCBB do Rio de Janeiro e o festival bienal   ESCUTA! - Um abraço Sonoro na Cida de (1998/2000), com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.   Editor e autor, junto com Marisa Fonterrada, Regina Porto e Janete El Haouli, da cartilha Escuta! - A paisagem Sonora da Cidade , com a introdução de conceitos básicos relativos   ao som e ao ambiente sonoro, dedicada a professores e alunos da rede pública municipal de ensino do Rio de Janeiro.

Atua como professor nos Cursos Latino-americanos de Música Contemporânea , Festivais de Inverno de Ouro Preto e  Oficina de Música de Curitiba, entre outros, sendo responsável pelos cursos de Acústica Musical e Composição na Universidade Estácio de Sá (1990/94) e Análise Musical na Uni-Rio (2000).Na Escola de Música Villa-Lobos do Rio de Janeiro, cria a partir de 1984 os cursos Breve Introdução ao Som e ao Silêncio e Laboratório de Audio-Nutrição,  dedicados ao desenvolvimento e refinamento dos processos de produção e escuta musical.